26 Novembro

Workshop de Fotografia Pinhole

António Martins Teixeira

MIRA FORUM

Fotografar com uma câmara analógica é, não só, uma das formas de (re)descobrir a magia fotográfica, mas também de consolidar conhecimentos e técnicas essenciais ao ato fotográfico: escala de sensibilidade, relação entre abertura de diafragma e tempo de exposição, cálculo da exposição, profundidade de campo e foco e quando se pode usar química fotográfica, entender a formação da imagem latente, o processo negativo/positivo, etc.
Adaptar uma simples lata, ou caixa, transformando-a numa câmara com um pequeno furo para a entrada da luz, é a forma mais rápida e fácil de o conseguir.
Nesta oficina, os participantes poderão construir a sua própria câmara e para tal bastam alguns materiais muito simples:

  • Uma caixa/lata cilíndrica preferencialmente de cartão (para garrafas); cartolina preta; fita adesiva preta; tampa de iogurte ou outra de alumínio; uma agulha; ferramentas para a construção, tesoura, lápis, régua, cola, etc.

Depois de construídas as câmaras, durante amanhã, os participantes poderão testá-las fotografando e revelando as fotografias, no período da tarde. Os materiais necessários ao processamento químico das fotografias e o respetivo papel fotográfico, serão fornecidos pela organização.
No final, em função da quantidade e da qualidade dos resultados, poderá ser realizada uma mostra dos trabalhos.

 

 

NOTA BIOGRÁFICA

Nasceu em Gaia, em maio de 1962. Estudou Fotografia na Árvore – Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto, de 1982 a 1985. Estudou Geografia na FLUP de 1984 a 1988. Expõe com regularidade, em resultado das suas explorações fotográficas.
Aprecia especialmente as potencialidades experimentais, estéticas e plásticas das câmaras estenopeicas, vulgarmente conhecidas por pinhole e também as suas particularidades ao nível do controlo de exposição e particularmente a possibilidade de as construir para cada projeto. Na sua opinião será a mais genuína “slow photography”, ou foto lenta.
Nesta senda adaptou alguns locais para se transformarem em câmaras fotográficas improváveis, nomeadamente uma capela e uma cabine de comboio. Recentemente aderiu também à chamada “mobile photography”, agradando-lhe particularmente a rapidez e a quase transparência do fotógrafo, mas também a facilidade de utilização e partilha. Em contraponto será a “fast photography” ou foto lesta.