Num diálogo sórdido entre o que se esconde e o que se revela, somos presos noringue – FINALMENTE ANIMAIS !
Freneticamente, observam-se os espécimes e seus rituais. Entre uma a proximação arrastada e uma nitidez franca, num ambiente denso e febril, canalizam-se os sentidos.
Sem pudor, revelam-se fragrâncias e gestos que desenham um só final.
– Bárbara Guedes Capelas
O ato de observar e ser observado. Esperar ou mover-se, emboscada ou perseguição: oportunidade. Selvagens nascemos, selvagens morreremos.
Assim que a noite cai, abre-se a arena no território do diabo. Hora de jogar: predador-presa. Impregnado de resíduos noturnos, este é o palco de toda a acção.
As relações estabelecidas entre a espécie humana não são diferentes de outras do reino animal. Uma enciclopédia recheada de truques de aproximação e recuo, ataque e defesa, técnicas de camuflagem, onde a visão noturna e certos perfumes são indispensáveis à conquista final.
Vasco Rafael Carvalho (1996, Portugal)
Licenciado em Fotografia pelo IPT, participou no programa Bolsa Santander Ibero Americana – Guadalajara, México (2018).
Aliando o flâneur (stroll) à fotografia como uma ferramenta de pensamento crítico, tem vindo a desenvolver o seu trabalho no campo do fotolivro, processos fotográficos históricos, storytelling, entre outros.
Conta com várias participações em exposições – coletivas e a solo – SUDOR, Encontros da Imagem – Braga, Portugal (2022); Asphalt Sonata, Teatro de Vila Real – Vila Real, Portugal (2021); Residência artística Eunic Cluster – Bangkok, Tailândia (2019); tendo, também, sido destaque em algumas publicações como TTLC, Yogurt Magazine, Discarded Magazine e ENTRE MARGENS – PROCUR.ARTE.