O autor, durante duas semanas – a que precede o Equinócio de Outono e a que lhe sucede – , fez, diariamente, cinco fotografias do pôr do sol, cada uma de cinco em cinco minutos, sendo que a terceira tinha de coincidir, ao minuto, com a hora oficial do pôr do sol.
Na primeira semana as fotografias foram feitas a partir da varanda ocidental do país – mais concretamente de uma habitação na zona de Monte dos Burgos, Porto; na segunda semana, as fotografias foram feitas a partir do chamado interior profundo, da margem direita do rio Douro, onde a Espanha acaba e Portugal começa.
Dos cinco disparos diários, o autor escolheu quatro imagens com as quais compôs cada uma das fotografias para as quais convida o vosso generoso olhar.
António Jota Gonçalves [AJG] iniciou-se na fotografia nos anos sessenta do século passado. Ainda hoje recorda, a magia que era o aparecimento progressivo da imagem em papel, num laboratório que partilhou, enquanto estudante, durante cerca de ano e meio, com mais dois colegas, literalmente no vão da escada da primeira sede da “República 24 de Março”, na rua da Maternidade, no Porto.
A incorporação no serviço militar e a mobilização para a guerra colonial interromperam-lhe a sedução e as fantasias. Regressou à fotografia já reformado tendo aderido “ao digital” na sequência de um curso no IPF.
Tem participado em diversas exposições individuais e colectivas, designadamente no Mira Forum e no Festival de Fotografia Internacional de Avintes.
Suporte: fotografia impressa.