19 Novembro — 31 Dezembro

Janelas de Vento

Adélia Gonçalves

Palácio do Freixo _ Jardim de inverno

Estrada Nacional, 108 nº 206

A temporalidade sempre fez parte do trabalho artístico de Adélia Gonçalves, onde o interesse que tem vindo a desenvolver sobre a paisagem urbana, mais propriamente através da perceção do elemento água neste espaço, vai de encontro a este questionamento.

A partir de sequências fotográficas e videográficas faz uma construção constituída por um conjunto de imagens de diversos percursos, aproxima-se da sua experiência da paisagem vivida, e por vezes, associa-se e confronta-se com outros pontos de vista e interpretações sobre uma mesma realidade.

A obra,“Janelas de Vento”, insere-se na sequência das suas pesquisas sobre a temporalidade…uma forma de explorar a passagem do tempo neste espaço onde se inscreve e convida à experiência preceptiva.

A atenção de Adélia Gonçalves dirige-se indistintamente à natureza, ao carácter dos lugares fluviais e urbanos, à cultura e ao património.

Adélia Gonçalves nasceu em Paris, vive atualmente no Porto. Faz um trabalho interdisciplinar focado nos suportes fotográfico e videográfico. Após ter concluído o Curso Superior de Pintura na ESAP, Porto, faz estágio na Académie des Beaux Arts, Liège (1987), e recebe bolsa do Conselho da Europa para residência em Veneza (1988).

Em Paris, concretizou Licence et Maîtrise d’Arts Plastiques, DEUG d’ÉtudesCinématographiques et Audio Visuelles, DEA d’Arts Plastiques Le sens de l’eau dans l’art vidéo, entre 1998 e 2004, na Université de Paris VIIII, onde finaliza actualmente um Doctorat d’Arts Plastiques La Temporalité Aquatique.

Recebeu o Prémio Aurélia de Sousa, da Câmara Municipal do Porto (1999); Bolsa de Estudos de Longa Duração no Estrangeiro, do Ministério da Cultura Português (2002/2005); Bourse d’Aide à là Réalisation, Direction des Affaires Culturelles, Mairie de Paris (2003).

Tem participado em vários eventos e exposições, de que se destacam:

FAC, Porto (1996); O outro lado da nudez, Espaço T, Porto (1997); Laureados do Prémio Aurélia de Sousa e Teixeira Lopes, Casa Tait, Porto (2002); Walk Dance Art C°, residência/catálogo de Hamish Fulton e Christine Quoiraud, Paris (2002); Parcours, Instituto Camões, Paris (2003); Image de femme, femme d’image, Universidade de Belas Artes, Timisoara (2003); Zone de Résistance, Nuit Blanche Off, Paris (2004); Tiête, Pinheiros, Tamadoatey, Année du Brésil à Paris (2005); “Tejo”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa (2007). “Gota do Tejo”, Casa da Cerca, Centro de Arte Contemporanea, Almada (2010); Cenografia videográfica “Cidades Imaginárias-Bola Azul”, Teatro Rivoli, Porto (2011); Remade in Viagem, Galeria da Fundaçao EDP, Porto (2014); Intervensão/instalação, Rinoceronte de Dürer a Xavier Veillant, no hâmbito da exposição ”Cidade Global”, Museu Soares dos Reis, Porto (2017); “O Tempo da Água”, Museu Santa Joana, Aveiro; (2019); “Lugar-Rio, Paisagem Polissémica”, MIP – Espacio Jhannia Castro / Bardo Creative Ground, Porto (2020); Conversas sobre um projeto fotográfico, Mira Forum, Porto (2021); Depoimentos de Artistas MNAC, Lisboa (2021); “Cronos” Instalação sonora, Noite Europeia dos Museus, Sociedade Martins Sarmento, Guimarães, (2022).